História, Educação e Libras
"Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa. Quando eu rejeito a língua, eu rejeito a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos. Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceitei o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o DIREITO de ser surdo. Nós não devemos mudá-lo, devemos ensiná-lo, ajudá-lo, mas temos que permití-lo SER SURDO". Autor: Terge Basilier
terça-feira, 25 de junho de 2013
terça-feira, 30 de outubro de 2012
MITO
- Todo surdo é mudo.
- Todos os surdos escreverem assim e não compreendem o que lêem.
- A Língua de Sinais é universal.
- As línguas de sinais só expressam conteúdos concretos.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Como agir diante de um surdo
Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos podem se sentir desconfortáveis diante do "diferente". Mas esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não-deficientes.
Ao tratar uma pessoa deficiente como se ela não tivesse uma deficiência, estaríamos ignorando uma característica muito importante dela. Dessa forma, não estaríamos nos relacionando com ela, mas com outra pessoa, que não é real.
A deficiência existe e é preciso levá-la na sua devida consideração. Neste sentido torna-se de grande importância não subestimar as possibilidades, nem as dificuldades e vice-versa. As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.
Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente, ou que esta não possa ser eficiente. Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades, mas por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todos.
A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder perguntas a respeito da sua deficiência ou sobre como ela realiza algumas tarefas. Quando alguém deseja alguma informação de uma pessoa deficiente, o correto seria dirigir-se diretamente a ela, e não a seus acompanhantes ou intérpretes. Segundo professores, intérpretes e os próprios surdos, ao se tomar alguns cuidados na comunicação com o surdo, confere-lhe o respeito ao qual ele tem direito.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Libras e Português
Um dos processos mais importantes na alfabetização de alunos surdos é o percurso semiótico, que é o estudo de signos ou significações, já que entendemos que a Língua Brasileira de Sinais são signos com significados e estes fazem com que pessoas surdas possam se comunicar e viver em sociedade.
Os alunos com necessidades especiais auditivas possuem dificuldades assim como os ouvintes, a alfabetização e o letramento deles são através da memorização, a professora mostra a figura e mostra o sinal, e dessa forma o aluno surdo vai aprendendo e memorizando o alfabeto, e todas as imagens que a professora mostra, para que ele possa viver em sociedade e aprender tudo que criança ouvintes aprendem nas escolas e pelo mundo a fora.
O estudo da semiótica que é o estudo de signos devem ser estudados pelos professores para que eles entendam e tenham o interesse na língua de sinais, porque quando temos o interesse aprendemos mais.
O processo de Alfabetização do aluno surdo é muito objetivo, pois os métodos ram variar de acordo com cada necessidade do aluno. O método para se alfabetizar em libras é a memorização.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Manual de alfabeto em Libras para surdocego
ALFABETO DACTICOLÓGICO
Cada uma das letras do alfabeto corresponde a uma determinada posição
dos dedos da mão. Trata-se do alfabeto manual utilizado pelas pessoas
surdas. Apenas que neste caso está adaptada à versão tátil.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Alfabeto Manual
LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Libras não é linguagem de sinais, não é gesto, não é mímica, Libras é uma língua, pois, possui todos os elementos lingüísticos necessário para ser considerada língua, ela é composta pelos níveis lingüísticos: fonológico, morfológico, sintático e o semântico, o que a difere das demais línguas é ser visual-espacial.
Hoje ela e reconhecida legalmente como meio de comunicação dos surdos brasileiros devido a Lei de nº 10436, de 24 de Abril de 2002, art. 1º “É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – Libras e outros recursos a ela associados”. Sendo ela uma língua ela é viva tem modificações, surgem novos sinais e para aprendê-la de fato, é necessário contato com surdos usuários da mesma. Conhecer alguns sinais soltos não é suficiente para garantir uma conversação ou uma interpretação em Libras é necessário conhecer sua estrutura gramatical.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Congresso de Milão
Antes do Congresso, na Europa,
durante o século XVIII, surgiam duas tendências distintas na educação dos
surdos: o gestualismo (ou método francês) e
o oralismo (ou método alemão). A grande maioria dos surdos
defendia o gestualismo enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo -
por exemplo Bell, nos EUA, fazia
campanha a favor deste método, entre muitos outros professores, médicos, etc.
Veja a foto: Alexander Graham Bell
Em 1872, no
Congresso de Veneza, decidiu-se o seguinte:
§ O meio humano para
a comunicação do pensamento é a língua oral;
§ Se orientados, os
surdos lêem os lábios e falam;
§ A língua oral tem
vantagens para o desenvolvimento do intelecto, da moral e da linguística
O Congresso
de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na História dos
surdos, uma que que lá um grupo de ouvintes, tomou a decisão de excluir a
língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo (o comité do
congresso era unicamente constituído por ouvintes.) Em consequência disso, o oralismo foi a técnica
preferida na educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do
século XX.
O Congresso durou
3 dias, nos quais foram votadas 8 resoluções, sendo que apenas uma (a terceira)
foi aprovada por unanimidade. As resoluções são:
1.
O uso da língua falada, no ensino e educação dos
surdos, deve preferir-se à língua gestual;
2.
O uso da língua gestual em simultâneo com a língua
oral, no ensino de surdos, afecta a fala, a leitura labial e a clareza dos conceitos, pelo que a
língua articulada pura deve ser preferida;
3.
Os governos devem tomar medidas para que todos os
surdos recebam educação;
4.
O método mais apropriado para os surdos se
apropriarem da fala é o método intuitivo (primeiro a fala depois a escrita);
a gramática deve ser ensinada através de exemplos práticos,
com a maior clareza possível; devem ser facultados aos surdos livros com
palavras e formas de linguagem conhecidas pelo surdo;
5.
Os educadores de surdos, do método oralista, devem
aplicar-se na elaboração de obras específicas desta matéria;
6.
Os surdos, depois de terminado o seu ensino
oralista, não esqueceram o conhecimento adquirido, devendo, por isso, usar a
língua oral na conversação com pessoas falantes, já que a fala se desenvolve
com a prática;
7.
A idade mais favorável para admitir uma criança
surda na escola é entre os 8-10 anos, sendo que a criança deve permanecer na
escola um mínimo de 7-8 anos; nenhum educador de surdos deve ter mais de 10
alunos em simultâneo;
8.
Com o objectivo de se implementar, com urgência, o
método oralista, deviam ser reunidas as crianças surdas recém admitidas nas
escolas, onde deveriam ser instruídas através da fala; essas mesmas crianças
deveriam estar separadas das crianças mais avançadas, que já haviam recebido
educação gestual, a fim de que não fossem contaminadas; os alunos antigos
também deveriam ser ensinados segundo este novo sistema oral.
Uma década depois
do Congresso de Milão, acreditava-se que o ensino da língua gestual
quase tinha desaparecido das escolas em toda a Europa,
e o oralismo espalhava-se para outros continentes.
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